(Caio Fernando de Abreu)
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Talvez labirintos...
Perdia-se, não eram teias. Nem labirintos. Fazia questão de esclarecer que sua maneira torcida não se tratava de estilo, mas uma profunda dificuldade de expressão. Por esse lado, quem sabe? As emoções e os pensamentos e as sensações e as memórias e tudo isso enfim que se contorce no mais de-dentro de uma pessoa — tinham ângulos? Havia lados, mas como direi? Fragmentava-se: eram os pedaços descosturados de uma colcha de retalhos. Pedia atenção aqui, por favor, mas por gestos, entonações ou simplesmente clima, e regirava: eram os retalhos, um por um, não a colcha, ele.
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Caio Fernando de Abreu; Imagem Rufino Tamayo
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