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sábado, 13 de junho de 2009

Um delicado poema de amor...


Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho secreto.
(Pablo Neruda)

domingo, 24 de maio de 2009

Eu queria conhecer o mar...


Assim como se desencadeiam o frio,
a chuva '
e o barro das ruas, '
quer dizer,
o insolente e arrasador inverno do sul da América,
o verão também chegava a estas regiões,
amarelo e abrasador.
Estávamos rodeados de montanhas virgens,
porém eu queria conhecer o mar.
Pablo Neruda

domingo, 3 de agosto de 2008

Se cada dia cai...

Se cada dia cai
Se cada dia cai,
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
(Pablo Neruda)

"Como escritor, sua rotina era bastante rígida. Sentava-se à escrivaninha
às sete da manhã e trabalhava até o meio dia não importando o clima: com chuva
ou com sol, no frio ou no calor, com inspiração ou sem inspiração, porque, como
ele costumava dizer, assim como o apetite vem quando se come, a inspiração
nasce quando se trabalha. À sua frente, um grande caderno de folhas brancas e
sem pautas e uma caneta com tinta verde, sua cor preferida. Eram somente
esses os instrumentos visíveis do poeta operário. Após o almoço fazia uma
pausa das duas às cinco para descansar. Esse repouso era sagrado e obrigatório.
Ao entardecer recebia os amigos, com os quais mantinha longas conversações.
E mesmo dormindo tarde, no dia seguinte sempre acordava disposto a retomar
seu misterioso trabalho matinal."

TEITELBOIM, Volodia. Neruda. Santiago de Chile: Editorial Sudamericana, 2000. p. 436.