Mostrando postagens com marcador Poesia Sophia de Mello Breyner. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Poesia Sophia de Mello Breyner. Mostrar todas as postagens

domingo, 31 de outubro de 2010

“Cortaram os trigos. Agora
A minha solidão vê-se melhor”

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

terça-feira, 17 de março de 2009

De que serve sonhar um minuto?

Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos – se ninguém atraiçoasse – proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
- Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo
Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Eu só quero

Eu só quero silêncio neste porto
Do mar vermelho, do mar morto
Perdida, baloiçar
No ritmo das águas cheias
Quero ficar sozinha neste espanto
Dum tempo que perdeu a sua forma
Quero ficar sozinha nesta tarde
Em que as árvores verdes me abandonam.

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Coral"

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tempo de renúncias




“Este é o tempo
da selva mais obscura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam.”

Sophia de Mello Breyner, Mar Morto (1962)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Recordando o domingo...


Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

MAR

"As ondas quebravam uma a uma. Eu estava só com a areia e com a espuma. Do mar que cantava só para mim”
(Sophia de Mello Breyner)