Terminada as festas de final de ano, as indagações são sempre as mesmas: “vai prá praia?”; “não tá de férias? Não vai pras praia?”. Perguntinhas idênticas 12 horas por dia! Só pode ser uma epidemia que se instalou no DNA dos seres humanos, não é possível?
Equação: Férias = Praia
- Praia: lugar brasileiramente mitológico. Lugar de relaxamento, do som das gaivotas e dos alcoolizados cantando “pagodão” em Fá Menor.
- Praia: entrar na água e encher “el rabo” de areia.
- Praia: onde se estuda nossas línguas co-irmãs - Mira la tica! Mira el perro!
E para deixar que vocês continuem explicitando a equação “férias = praia”, deixo aqui o depoimento de uma trabalhadora em férias na praia:
“Praia é um festival de pelancas que só praticam esportes nessa época do ano. Dentre eles, o frescobol, preferido por 9 em cada 10 famílias. Ou seja: não bastasse o sol, o calor, a areia e o suor, ir à praia não vale nem uma sonequinha na toalha. Você sempre vai escutar aquele eco medonho da bolinha de borracha batendo na raquete. E sempre vai temer pelo momento em que aquela bolinha de borracha veloz virá em sua direção. E, você sabe: uma hora ela virá mesmo. E vai acertar, preferencialmente, lugares doloridos como nuca, seios, nariz ou barriga. E você ainda vai ter que controlar seus impulsos assassinos, porque atrás da bolinha endiabrada, sempre vem sua dona flácida, de biquíni cor de laranja, toda remelada de areia, sorrindo na maior cara-de-pau. Aquele sorrisinho ridículo, no qual você pode ler: “ah, vamolá, praia, festa, férias, você não vai fazer cara feia só porque eu acertei a bolinha no seu olho, vai?”
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