domingo, 17 de fevereiro de 2008

Oferecendo o dia.


Um poema como um gole dágua bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre
[na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa
[condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único
Ferido de mortal beleza.

Mário Quintana

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