quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O que você acha sobre fazer TESE?

Ando pensando sobre isto ... e já faz um certo tempo! Vou iniciar a conversa de "cumadis" com uma perguntinha básica: uma TESE serve para que mesmo?

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Para refletir!

Dos sábios e dos sabidos
Tenho para mim que, tirando a grande maioria dos parvos, estultos, idiotas, simplórios, crassos, patetas, imbecis, tolos, ignorantes, palermas, insanos e fracos de entendimento que povoam a Terra, a pequena minoria restante divide-se em dois blocos: os sábios e os sabidos. Os sábios são homens dotados de grande inteligência e rara percepção. Já os sabidos foram prendados pela natureza com os dons da esperteza e da malícia. Podendo-se escolher, não se deve ter dúvidas sobre qual grupo pertencer: o dos sabidos é muito mais lucrativo. É fácil comprovar a correção dessa afirmativa. Tomaremos como exemplo qualquer atividade humana, e, para não dizer que elejo um exemplo favorável à minha tese, escolhamos um lugar que por excelência é a morada dos sábios: a universidade. Suponhamos que dois professores disputem a reitoria. Um é grande cientista ou reconhecido filósofo; o outro é famoso por promover jantares, dar vinhos importados de presente e convidar os colegas para passar o fim-de-semana em sua casa em Maresias. O primeiro lembra de todos os presidentes; o segundo não esquece um aniversário. O primeiro às vezes se esquece de dizer bom-dia; o segundo possui um extenso vocabulário para elogios. Qual destes, caro leitor, tu achas que será o novo reitor? Até mesmo alguém com a inteligência de Edmundo saberia a resposta. Essa supremacia dos sabidos sobre os sábios também pode ser vista em outras atividades. Vejamos alguns exemplos:*o sábio escreve o livro, o sabido imprime e vende;*o sábio cria um novo remédio, o sabido o põe em vidros e cobra por ele o preço de uma poção miraculosa.*o sábio esmera-se por uma boa matéria, o sabido possui o jornal;*o sábio medita sobre a Bíblia, o sabido torna-se pastor;*o sábio elabora um programa político, o sabido elege-se deputado;*o sábio teoriza revoluções, o sabido vende armas;*o sábio fala em abrir as portas da percepção, o sabido é traficante de drogas. Acho que, depois de tão eloqüentes exemplos, posso cometer a ousadia de resumir minha idéia num único aforismo: os sábios têm o domínio da ciência; os sabidos, a ciência do domínio. Por isso, meu amigo, não perca teu tempo estudando. Ao invés disso contrate um ou dois sábios para trabalharem para ti. Para eles bastam uma ou duas moedas no fim do mês, algum elogio e, de vez em quando, ver seu nome impresso nalguma publicação de mediana importância. Esses sábios são fáceis de pagar. É comum ouvir alguns deles dizendo que, perto do reconhecimento público, da satisfação pessoal e do elogio de um renomado colega, o dinheiro é uma coisa de menor importância. Quanto aos sabidos, é mais difícil um deles falar uma coisa destas do que o Inocêncio de Oliveira devolver o dinheiro dos poços artesianos do Dnocs. Enfim, leitor, o que te quero aconselhar, se ainda não entendeste, é que, ao invés de conheceres os segredos da matemática pura, deves aprender os labirintos da contabilidade. Ao invés de escrever um livro, abre uma papelaria.
http://www.microeducacao.pro.br/Artigos/JoseRobertoTorero.htm

domingo, 27 de janeiro de 2008

Normose

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Ele s não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentear am, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Martha Medeiros (05.08.07-Jornal Zero Hora-P.Alegre-RS)