segunda-feira, 19 de julho de 2010

Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera e digo
do coração não soube e digo
da palavra não digo
(não posso ainda acreditar na vida)
e demito o verso como quem acena e
vivo como quem despede a raiva de ter visto.

(Ana Cristina Cesar)


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