quarta-feira, 27 de julho de 2011





TUA VOZ

Emboscado em minha escritura
cantas em meu poema.
Refém de tua doce voz
petrificada em minha memória.
Pássaro preso à tua fuga.
Ar tatuado por um ausente.
Relógio que bate comigo
para que nunca desperte

(Alejandra Pizarnik)

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