sexta-feira, 31 de janeiro de 2020



É UM APRENDIZADO ... ACEITAR AS PERDAS...

"Eu não estou sofrendo, eu estou lutando... Lutando para fazer parte das coisas, para estar conectada a quem eu fui um dia." (...) “Tanta coisa parece preenchida pela intenção de ser perdida, que sua perda não é nenhum desastre.” 
Num dos momentos mais emocionantes em Still Alice (Para Sempre Alice)*, a protagonista, Dra. Alice Howland, interpretada pela atriz Julianne Moore, faz um discurso contando que está com Alzheimer e cita o poema A Arte de Perde de Elizabeth Bishop.

“ A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia.
Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subsequente Da viagem não feita.
Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe.
Ah! E nem quero Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas.
E um império Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles.
Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada.
Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério.”

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