sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Quem me dera ...

Minhas idéias abstratas
De tanto as tocar,
tornaram-se concretas:
São rosas familiares
Que o tempo traz ao alcance da mão,
Rosas que assistem à inauguração de eras novas
No meu pensamento.
No pensamento do mundo em mim e nos outros;
De eras novas, mas ainda assim
Que o tempo conheceu,
conhece e conhecerá.
Rosas!
Rosas!
Quem me dera que houvesse
Rosas abstratas para mim.

(Murilo Mendes)

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