quinta-feira, 1 de outubro de 2009

...os barcos!...



De repente, não sei como
Me atirei no contracéu.
À tona d’água ficou
Ficou dançando o chapéu.

E entre cascos afundados,
Entre anênomas azuis,
Minha boca foi beber
Na taça do Rei de tule.

Só minh’alma aqui ficou
Debruçada na amurada,
Olhando os barcos… os barcos!…
Que vão fugindo do cais.

(Mário Quintana)

Nenhum comentário: