sábado, 3 de maio de 2008

DIVAGAÇÕES

(...) gravei tua voz no meu tímpano
vez em quando labirinto
faço que sinto,
vez em quando minto
vinho tinto,
amor rosé
você
vez em quando instinto (...)
(Martha Medeiros)


Entre notícias antigas e muralhas
construí com você
um amor feito alucinadamente de palavras
Meus versos seduzem os seus
seus versos aliciam os meus
Coloquei nossos livros juntos na estante
para que se toquem
e se amem clandestinamente
durante as madrugadas
(Iracema Macedo)
O que desejo dizer
não cabe numa folha de papel[...]
e é quadro que se esparrama
muito além da moldura
(Adelaide Amorim)
[...]doce
a tua lembrança,
que volta
e envolve feito abraço
nunca esquecido
amargo
aquele que não se rende
à saudade
e deixa fechadas
as janelas da memória
(Ademir Antonio Bacca)
"...Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo,
depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração..."
(Mafalda Veiga)
"(...) metade do que vivo é imaginação.
A outra metade é conseqüência".
(F. Carpinejar)

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