quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fim das últimas ilusões...


"Passou?
Minúsculas eternidades deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão - a tua mão, nossas mãos -
rugosas, têm o antigo calor de quando éramos vivos.
Éramos? Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado."

(Carlos Drummond de Andrade)

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