domingo, 16 de novembro de 2008

Reflexão para um final de domingo. Está na hora de rompermos "dogmas"



Dogmas

Os dogmas mais nocivos nem sequer são os que como tal foram expressamente enunciados, como é o caso dos dogmas religiosos, porque estes apelam à fé, e a fé não sabe nem pode discutir-se a si mesma.
O mal é que se tenha transformado em dogma laico o que, por sua própria natureza, nunca aspirou a tal. Marx, por exemplo, não dogmatizou, mas logo não faltaram pseudo-marxistas para converter O Capital em outra bíblia, trocando o pensamento activo pela glosa estéril ou pela interpretação viciosa. Viu-se o que aconteceu.
Um dia, se formos capazes de desfazer-nos dos antigos e férreos moldes, da pele velha que não nos deixou crescer, voltaremos a encontrar-nos com Marx: talvez uma “releitura marxista” do marxismo nos ajude a abrir caminhos mais generosos ao acto de pensar.
Que terá que começar por procurar resposta à pergunta fundamental: “Por que penso como penso?” Com outras palavras: “Que é a ideologia?”
Parecem perguntas de pouca monta e não creio que haja outras mais importantes…

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